Mais uma sobre Primeiro Amor de Infância

     Eu achei que não voltaria a escrever sobre você. Como ainda tenho algo para dizer depois de tantos textos já protagonizados por você? Nem vivemos muitos momentos fisicamente juntos: alguns encontros e conversas de tempos em tempos que duram duas horas...
     Creio que só pararei de escrever sobre sua pessoa quando então, um outro se fixar em minha vida por completo. Relendo os antigos, todos aqueles que redigi em estado de paixão, percebi que apenas os que se referia a você me faziam sorrir. Foi então que decidi não desperdiçar minhas palavras falando sobre novas paixões até que uma se firme e se transforme, de fato, em amor. Enquanto isso escrevo bobamente sobre a mais velha e única paixão que se vale a pena lembrar. (as outras tiveram sua beleza, mas sabe como é a primeira não é? Tem um 'Q'...)
     Para mim, mesmo com o final que teve, foram, talvez, os momentos mais felizes que tivemos juntos e sinceramente, talvez também, tenham sido os únicos -quem sabe estou enganada? E é por isso que ainda me lembro, sinto pequenas saudades de você. Eram sentimentos puros, como hoje em dia não consigo encontrar, ainda que em crianças de idade com as que tínhamos na época.
     Para você tenha sido mesmo um infortúnio, mas procuro compreender a denotação (ou conotação) que tenha dado. Você sempre teve seu modo de pensar, tão diferente do meu. Só que o mais belo em você foi, sempre conseguir, se aproximar do meu nível precário de sagacidade.
     Dito tudo isso, somando aos pensamentos indescritíveis que passam no momento em minha cabeça, consigo saber a resposta: Como ainda tenho algo para dizer depois de tantos textos sobre você? Sempre há o que dizer de um apessoa encantadora e que tem um jeito próprio de tornar situações chatas em cômicas; que faz à próprio modo, piadinhas para implicar comigo -as tais que só servem para mim (sim, porque acredito que você usa um jeito pra falar comigo deferente do de falar com outros(as), e não, não é uma conclusão "humilde") ;p

     Em fim, como já disse tantas outras vezes: Eu não conseguirei esquecer, mesmo que se passem 7 anos sem nos encontrarmos ou meses sem nos falarmos. Eu quero crer que em um determinado momento nos veremos para tocar violão na praça ou pedir informações à alguma turista espanhola e nos despedir com aquele abraço forte e demorado que valerá para os próximos 7 anos...