
Ela estava em silêncio, apenas pensando ou relembrando ou maquinando algo... ou tudo ao mesmo tempo. Se alguém entrasse em seu quarto e a chamasse, provavelmente teria que fazê-lo de novo. Ela estava concentrada em seus pensamentos; respirava fundo de vez enquanto; apertava os lábios e franzia a testa. Qualquer um, se a visse nesse momento, entenderia que ela estava triste, mas confiante, como se o que a deixava assim fosse algo sério e possivelmente irreversível, porém, em seu sorriso triste no canto de sua boca, era notável a forte esperança que tinha, a paz que sentia no meio daquela confusão dentro de sua cabeça (que convenhamos, por ser uma mente feminina, é bastante conturbada nessas horas).
Ela olhou pra varanda como se estivesse revendo cenas que aconteceram ali e de cabeça baixa, agora de costas para a chuva, ela ainda sentia gostas em seu rosto, só que desta vez vinham de dentro dela mesma. Respirou fundo, passou a mão no rosto, no cabelo, se sentou no chão, mas junto ao parapeito, apoiou a cabeça nele e fechou os olhos novamente. Quem sabe o que se passava em sua cabeça agora. Ela estava com um semblante um pouco desanimado, mas ao mesmo tempo firme, como se ao se levantar, desanimada ou não, lutaria e tinha certeza que sairia ganhando, cedo ou tarde, de um jeito ou de outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário