06/10/2014

Se Conecte!

Meu professor falou uma frase por esses dias que me fez pensar. A frase foi "A tendência hoje em dia é você entrar no ônibus, ligar sua música nos fones de ouvido e pronto, se fechar no seu mundinho ali. O publicitário não pode fazer isso, ele precisa conhecer o mundo dos outros!"


E analisei essa afirmação. Hoje em dia realmente é muito difícil ver desconhecidos conversando num ônibus ou qualquer outro lugar em que durante alguns minutos precisem ficar no mesmo ambiente. As pessoas estão sempre juntas, mas isoladas em seus fones de ouvido ou celulares. Se você puxa assunto com qualquer um, ou é ignorado ou a pessoa ja corta logo nas primeiras trocas de frases. Em compensação, quanto mais idade a pessoa tiver, mais ela será suscetível à conversa. Será que é porque essas não viveram os anos mais importantes da vida presas em seus mundos isolados por causa da tecnologia? Será que é porque elas tiveram a oportunidade de aprender a conversar pessoalmente com as pessoas? 

Quando paramos pra conversar ou mesmo só escutar o outro, descobrimos de coisas magníficas à completamente loucas! Entendemos valores que talvez só tivéssemos aprendido, rimos de verdade, exercitando os músculos faciais e não apenas mentalmente, sendo expresso por repetidas letras que indicam uma risada, quase sempre não verdadeira. 

Os seres humanos sempre precisaram de interação com os outros que tivessem os mesmos sentimentos ou reações parecidas à determinadas situações. Quando ignoramos isso e achamos que é preciso uma máquina para intermediar o relacionamento com o outro, cortamos veias importantíssimas que nos conectam e que decidem se realmente devemos continuar a nos envolver ou não com tal pessoa, cortamos a veia chamada Percepção que está relacionada a sensibilidade natural ou sentimento de compatibilidade -ou não- que involuntariamente temos ao conviver com uma pessoa. Ao ter um objeto (obviamente sem vida alguma e incapaz de transmitir com exatidão o tamanho e veracidade de suas emoções) entre duas pessoas, a percepção que uma terá da outra é completamente inconfiável, a menos que você já tenha vivido um tempo com o indivíduo sem o auxilio de tal objeto.

É triste! Estamos muito presos a uma coisinha de nada. Olhamos apenas pras telas, não sabemos viver sem eles, todo minuto é preciso checar alguma coisa nova que chegou pra você, que provavelmente, não existe - e você sabe! É tão triste que mal conseguimos nos separar dessas máquinas, das redes sociais ou dos jogos nem para comer!!  

Computadores, celulares e afins foram criados para nos aproximar, foram criados para mantermos contato com quem gostamos e não vivermos conectados a eles o tempo inteiro, afinal, convenhamos, sempre existe o momento que não se tem nada de importante para se ver ou ler ou falar e ainda assim, continuamos ali, desligados do mundo real e de pessoas reais, olhando pra tela.

Um fato é: Muitas pessoas se prejudicam de diversas formas por causa do virtual. Tenha seus momentos de mergulho e navegação com seus fones de ouvido, celulares e redes sociais, mas use isso a seu favor, e não contra você, não se deixe viciar! Se conecte com o mundo real mais vezes, ele só "é uma droga" por que você se isola e fecha os olhos pra ele, sem fazer nada pra melhorá-lo. E cuidado, a vida está passando, você está notando? Quando decidir largar o celular ou sair desse jogo, pode ser tarde pra certas coisas!



"Na verdade, a vida real é muito mais divertida e satisfatória."

Leia um livro, faça piqueniques com os amigos, organize uma festa tropical, vá ao cinema, customize uma roupa, visite seus parentes distantes, aprenda uma receita nova, invente uma poesia ou um rap, organize seu quarto ou sua agenda, faça um lual com os amigos, aprenda uma dança nova, se desafie a mexer nas redes sociais o mínimo possível quando viajar, aprenda um idioma, faça amigos no exterior, colecione alguma coisa, ajude sua mãe nas tarefas de casa, faça alguém sorrir todo dia.... A lista é enorme e continua. Se fizer tudo dela, com certeza você terá um tempo para mexer na internet ou qualquer coisa dessas tecnologias, mas sem estar preso a elas!

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