Sou uma garota que não gosta muito de livros e filmes de romance, a menos que tenha uma pitada de suspense ou comédia, mas sem o foco totalmente no amor. Também não quer dizer que eu não aprecie atitudes românticas. Fala sério, romance sem ser meloso é bem retrô, ou não, mas o caso é: toda garota gosta.
Eu, particularmente, nunca recebi uma carta de amor, mas já escrevi 1983232, incluindo a de personagens que eu mesma criava -apenas uma ou outra chegaram a seus destinatários. Só que até mesmo as que eu escrevi, algumas, hoje, tenho repulsa de tão chata -melodramaticamente falando.
Mas em todo caso, não é desse tipo de carta de amor que quero falar. Sem fazer pouco caso delas e sem tirar o valor que elas possuem para os românticos de plantão, eu não gastaria um post inteiro falando delas -Já tiveram seu destaque no título e introdução.
"Eu amo escrever cartas e mesmo gostando pouco, até as que falam de amor, ja foram redigidas por mim." Era assim que eu iria começar e então, refletindo sobre isso, percebi que na verdade todas as minhas cartas são de amor: tanto as qe escrevi quanto as que guardo em minha coleção. Fiquei de boca aberta por só percebi isso agora. Engoli meu leve repúdio à Love Stories e aceitei feliz, até porque, mesmo fazendo essa descoberta não fui obrigada a me tornar fã desse tipo de história ou tão pouco me considerar romântica.
Qualquer tipo de carta escrita de alguém para alguém (perdoe-me a redundância), fugindo-se de assuntos formais ou de negócios, serão sempre de amor não importando o remetente ou o destinatário.
Carta: Forma escrita, normalmente longa, de se comunicar com alguém que está distante. Agora pense comigo: Desde o momento em que se decide escrever a carta até o momento de enviá-la (e me atrevo a acrescentar) e depois de enviá-la, é uma demonstração enorme de carinho e amor com a pessoa que irá ler. É lindo! É preciso paciência e tempo para escrever, sem falar na sinceridade que deve haver nas palavras, carinho de enfeitar, quem sabe? Depois entregar pessoalmente ou o mais convencional, ir à um correio e pagar os centavos para enviar aquele envelope e ainda aguentar ansiosamente o tempo da pessoa ler, lhe escrever de volta e em fim, você poder ler.
São cartas que demonstram amor e por isso são de amor! De irmão pra irmão, de familiar para familiar, de amigo para amigo... Todos que escrevem cartas, principalmente nos dias de hoje, com certeza escrevem cartas de amor. Um tipo diferente de amor, o tipo que eu gosto mais: Escrevendo novidades engraçadas, linguagem de quem já se conhece a muito tempo, certas frases que atiçam a curiosidade, em fim. Cartas pra mim serão sempre de amor. Talvez não como as cartas trocadas por amantes e namorados, mas serão sempre de amor. Pode não conter nenhuma palavra sequer de amor, mas se for do tipo informal, o amor estará explicito só pela atitude de escrever e enviar, por isso até hoje, sou uma defensora da não extinção das cartas (apesar de aqui eu me referir a cartas não excluo os e-mails dessa minha regra de "amor explicito na atitude de escrever e enviar".) Bom, não é só por isso, eu também prefiro muito mais ler uma carta num afolha de papel do que em uma tela. O mesmo vale para escrevê-las, mas isso já é outra história...
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